A gestação é um fenômeno fisiológico, ou seja, natural, e justamente por isso sua evolução costuma ocorrer sem grandes intercorrências. No entanto, cconsideramos uma gestação de alto risco quando a gestante já é portadora de alguma doença crônica anterior à gestação atual, já teve uma gravidez anterior com intercorrências mais sérias, ou ainda identificou, no curso da gestação atual, alguma condição ou doença que ofereça risco a si mesma ou ao seu bebê. Nesses casos ela necessitará de um acompanhamento pré-natal mais intenso e especializado, o que chamamos de pré-natal de alto risco.

Você já deve ter ouvido falar uma frase bastante comum quando o assunto é gestação: “gravidez não é doença!”. Será que não é mesmo? Vamos abranger nesse texto os aspectos que colocam a gestação sob uma ótica de exposição a riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê.
É óbvio que a mulher está vulnerável a situações em que a gestação é vista como a causa ou como fator potencializador, e nosso papel é, além de detectar essas situações, saber manejá-las e diminuir o risco.
O Dr. Guilherme realiza assistência à gestação de alto risco?
Na sua formação, o Dr Guilherme esteve em constante contato com gestações que tinham os mais variados riscos. Esse contato diário o capacitou para atender qualquer tipo de gestante e proporcionar a ela um atendimento de excelência e, acima de tudo, responsável com sua condição de saúde.
Os casos mais comuns de gestação de alto risco – Diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, obesidade, problemas na tireoide, malformações do bebê, ansiedade, depressão – são diariamente atendidos no seu consultório e isso lhe traz aperfeiçoamento contínuo.
Diante de um diagnóstico de gestação – de baixo ou alto risco -, não tenha medo. Você tem um médico apto a lhe atender, acolher e conduzir o seu pré-natal da forma mais correta possível.

Como diferenciar gestação de alto risco e de baixo risco?
Muitos esforços já foram empregados para se desenvolver algum sistema que consiga, através de pontuações ou tabelas, por exemplo, classificar uma gestante de baixo ou alto risco. Ainda assim, nada foi efetivo para evitar danos às gestantes. O melhor a se fazer é uma avaliação dinâmica e constante de cada gestante ao longo do pré-natal a fim de identificar precocemente sinais que lhe confiram maior risco.
Condições individuais que caracterizam gestação de alto risco:
- Idade maior que 35 anos ou menor que 15 anos
- Desnutrição ou obesidade
- Baixa escolaridade
- Dependência de álcool e drogas
- Abortamentos de repetição
Condições clínicas preexistentes:
- Hipertensão arterial
- Cardiopatias
- Diabetes
- Problemas na tireóide
- Doenças autoimunes – lúpus, por exemplo
- Epilepsia

Problemas na gestação atual:
- Diabetes gestacional
- Pré-eclâmpsia ou eclâmpsia
- Sangramentos na gestação
- Insuficiência do colo uterino
- Colo uterino curto
- Gemelaridade
- Infecções de urina
- Rubéola ou Toxoplasmose
É sempre importante destacar que qualquer gestante que não tenha nenhum tipo de doença prévia deve ser acompanhada em pré-natal de baixo risco com constantes pesquisas dos fatores de risco que podem reclassificá-la como gestante de alto risco.
O que muda no acompanhamento de alto e baixo risco?
Diante do fato de que nem todas as gestantes têm a mesma probabilidade de adoecer durante esse processo gestacional, há um gradiente de necessidade de cuidados que vai do mínimo – para gestantes sem nenhuma doença, acompanhadas em pré-natal de baixo risco ou risco habitual – até ao máximo possível, quando estamos diante de uma gestação de alto risco e a saúde da mulher está debilitada a ponto de precisar de atenção muito maior que a habitual.
O objetivo da classificação é que o obstetra tenha tempo de interferir no curso de uma gestação que tem maior chance de resultado desfavorável para que se possa diminuir esse risco. Por exemplo, iniciar medicação para controle da pressão arterial em tempo hábil pode já ser o suficiente para controlar a pressão da gestante e evitar que ela tenha desfechos desfavoráveis por conta disso.

Considerando a doença clínica ou obstétrica da gestante, muitas vezes a rotina de consultas é diferenciada, com número maior de atendimentos. Nessas consultas, o médico é capaz de detectar a evolução do quadro clínico e também prever os desfechos.
Os exames complementares – sejam de sangue, urina ou ultrassonografias – também podem ser diferenciados no acompanhamento de alto risco. Geralmente, nas gestantes de baixo risco, há um número padrão de coleta de exames, mas esse número poderá ser muito maior em casos de gestação de alto risco.
O parto precisa ser obrigatoriamente uma cesariana?
Não!!!
Temos que lembrar sempre que o parto vaginal é a via natural dos nascimentos e por isso, mesmo em casos de gestação de alto risco, ele normalmente é a melhor escolha.

Assim como no pré-natal, o parto na gestação de alto risco exige mais atenção do obstetra e de toda equipe. Os riscos atrelados à doença que classificou essa gestação como de alto risco devem ser considerados a todo momento e a cesariana pode sim ser uma opção de parto, mas nem sempre será a melhor.
Cada caso deve discutido de forma individualizada entre a família e o obstetra para que a escolha da via de parto não seja um fator de preocupação adicional.
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